Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
Anton Parks em português
Anton Parks em português
Newsletter
Archives
Derniers commentaires
12 septembre 2013

Anton Parks e os primeiros passos da humanidade (Karmapolis - primavera 2007)

adam_v2

Original da entrevista : http://www.karmapolis.be/pipeline/anton_parks2.htm

http://www.antonparks.com/

Karmapolis

Anton Parks e os primeiros passos da humanidade

 

 

Anton Parks, que terminou o segundo volume da sua trilogia, dá-nos uma entrevista que narra de maneira totalmente original a história da humanidade antes do dilúvio e explica também como nós herdámos das estruturas sociais e religiosas como nós as conhecemos : estruturas que são hierárquicas em que o homem é como um lobo para o seu próximo. Embora possa parecer surpreendente à primeira vista, esta história seria o resultado de uma longa interacção com entidades extraterrestres que nós considerámos como deuses, uma tese que é cada vez mais partilhada por um número crescente de autores. Esta intervenção estrangeira explica a diversificação da criação, a manifestação de entidades biológicas complexas e da inteligência no planeta Terra.
Ádam Genisiš e os Senhores de guerra. Poderiamos mesmo falar de "sangradores" de guerra, visto todo o sangue derramado por estas entidades extraterrestres –  a casta dos "deuses" Anunna das tábuas de argila suméria – para reinarem no planeta Terra (Uraš para as raças reptilianas). O sangue dos homens mas também o sangue dos "deuses" extraterrestres que estão envolvidos numa guerra racial, económica, ideológica e também num conflito entre sexos (extraterrestres de polaridade masculina contra extraterrestres de polaridade feminina) cuja luta é a maneira de governar certas regiões do universo. Naquela época tão distante, o nosso astro era uma reserva ecológica, uma espécie de banco genético da vida, que é a causa de um conflito gigantesco entre as diversas raças extraterrestres – o bestiário sumério – que se destroem através de uma enorme guerra intergaláctica. A criação do projecto "Adão", ou seja, diversos protótipos de humanos, num tal contexto só poderia resultar num melodrama. É o que nos conta o segundo volume das Crónicas do Gírkù de Anton Parks.
Anton Parks ofereceu-nos uma entrevista onde ele expõe alguns dos temas deste livro : a criação do humano, a sua submissão às religiões dogmáticas mas também o que se esconde por detrás destas estranhas noções que são o Eterno Feminino e a sexualidade sagrada. Quando alguns "deuses" reptilianos ofereceram à humanidade a possibilidade de se reproduzir, foi para dar aos homens a possibilidade de serem independentes, autónomos e de não precisarem da clonagem para se "multiplicarem". Certos protótipos de projecto "humano" emancipariam-se e poderiam escapar ao controlo absoluto de Enlíl e dos seus Anunna. Há também uma outra dimensão a este "presente" da procriação : a da sexualidade que, sob certas condições, pode tornar-se sagrada e oferecer o acesso ao conhecimento, a uma elevação da alma, a uma verdadeira transcendência.
Os gnósticos assim como os adeptos do tantrismo, sabiam o que se escondia por detrás destas noções. As religiões judaico-cristãs viram nestas noções um perigo mortal e um veneno para a alma, e é a razão pela qual a sexualidade foi semple tabu.
A entrevista de Anton Parks dá-nos outras perspectivas fascinantes sobre este tema.

Para explicar o mundo e as sociedades em que vivemos, nós usamos dois tipos de respostas : algumas vêm da Ciência e das ciências humanas, outras dos mitos e lendas sobre a criação do mundo, e no que nos diz respeito, dos textos bíblicos. Infelizmente, na prática, somos forçados a reconhecer que as respostas às perguntas fundamentais e que provêm das ciências exactas, das ciências humanas, dos mitos e dos textos religiosos, são bastante insatisfatórias.
Se interpretarmos de maneira estrita a teoria de Darwin sobre a evolução das espécies , chegaremos à conclusão que ela é incapaz de responder a pontos fundamentais sobre a aparição repentina da inteligência, de certas espécies animais e vegetais bem como um grande conjunto de anomalias temporais : artefactos, objectos e criaturas que encontramos em períodos muito antigos da história terrestre, que não são supostos existir naquelas épocas.
Os relatos bíblicos impõem tudo e não explicam nada. Eles só nos informam sobre a existência de um elo de submissão eterno e inebalável entre um criador, "Deus" e as suas criaturas, os homens, que são todos culpados de um pecado obscuro que envolve um fruto de uma árvore que os humanos não roubaram mas comeram, levados pela curiosidade depois de uma desagradável criatura reptiliana lhes ter dito de provar...
A surpresa pode surgir quando uma obra (que parece ser ficção, mas que não é) permete de construir pontes entre estas três áreas : as ciências exactas, as ciências humanas e os mitos e lendas fundadores das nossas civilizações.
A obra de Anton Parks permanece totalmente original, excepcional, surpreendente, que imerge o leitor numa constante dança de perguntas e de respostas, brincando com as raízes dos nossos mitos mais fundamentais, a descodificação das línguas antigas e modernas, tudo isto numa saga épica. Ficção ou realidade ? O leitor escolherá. De todas as maneiras isso não importa, porque o que conta é o significado que encontraremos a todos os flashs que o autor teve e que lhe permitiram de contar esta história antediluviana dos "Deuses" que criaram os homens e de quem encontramos o rasto nas estranhas crónicas sumérias descobertas em tábuas de argila seca, nas entranhas da Mesopotâmia.
A ligação que o autor estabelece entre os seus flashs, a sua paixão para a codificação do silabário sumério-acadiano e os textos antigos, permete-lhe de por em evidência uma outra história da humanidade. Um exemplo : a Bíblia afirma que para castigar-nos por causa do nosso orgulho aquando da construção da Torre de Babel, Deus semeou a discórdia e certificou-se que os homens não se entendessem mais entre eles, fazendo-os falar diversas línguas. Com a ajuda de exemplos e de pistas encontradas nos textos antigos e com base no seu próprio conhecimente, Parks põe em evidência um outro cenário : foi Enki que fez questão de ensinar v´rias línguas a grupos de humanos para evitar que Enlíl (ou Yahvé) e a sua coorte de Deuses guerreiros (os Anunna), dirigissem um grupo uniforme. Uma maneira perspicaz de evitar uma espécie de governo central.

Este segundo volume vai encantar os leitores do primeiro, porque ele retoma a história onde o autor a tinha deixado, no momento crucial onde a personagem de Sa'am/Enki do panteão dos "deuses sumérios" chega à Terra e deixa a sua marca num complexo conjunto de acontecimentos, que levam ao surgimento da humanidade primordial, e depois como nós a conhecemos. O projecto "humanidade" (porque foi mesmo um projecto), deveria de ter sido uma maravilhosa aventura da vida e da manifestação criada da inteligência. Infelizmente, como as crónicas sumérias e os textos bíblicos (que são uma emanação dos textos sumérios) deixam a entender, esta aventura foi marcada pela alienação, a submissão, o sofrimento, por um elo "carrasco/vítima" ; "abusadores/atormentadores" que parece ser uma marca de fabricação das nossas sociedades humanas. A Bíblia, num lançamento de argumentos maquiavélicos, imputou a culpa aos homens. O livro de Anton Parks mostra, graças ao seu relato do que aconteceu aos "Deuses" extraterrestres venerados pelos Sumérios, que isso se trata de uma mentira. O nosso "pecado original" não é nosso. Nos poderiamos dizer que não temos nada a ver com esta história uma vez que temos suportado o peso de uma guerra entre "Deuses" e mais amplamente, entre civilizações extraterrestres.
Como é que chegámos a este ponto ? Porquê ? Quais foram as razões que presidiram à emergência de cultos monoteístas marcados pelo pecado original, a noção de punição, aos conceitos de puro e de impuro ? O segundo volume de Anton Parks responde muito bem a estas perguntas. Ele elucida algumas passagens da Bíblia que continuam a ser mitos fundadores das nossas sociedades modernas essencialemente patriarcais.

 

Para esclarecer o problema de como o autor recolheu toda esta informação e como já mencionámos para o primeiro volume, desde os seus 14 anos de idade e durante um período de 10 anos, Anton Parks foi atormentado por visões que ele não podia controlar, meter em ordem ou datar. Inicialmente, ele pensou que estava a receber impressões visuais de um futuro improvável. Anton Parks demorou anos a meter ordem neste dilúvio de informações e sobretudo a dar-lhes um sentido. Quando ele descobriu a escrita e os textos sumérios, tudo faz mais sentido, e as suas visões adquirem uma verdadeira coerência. Podemos ficar cépticos ou herméticos a este tipo de acontecimento. Resta-nos o texto, os relatórios totalmente pertinentes que o autor estabelece entre as suas visões e  algumas passagens bastante herméticas das crónicas antigas, dos textos bíblicos  ou dos textos apócrifos. O leitor também não poderá escapar à descodificação da língua graças ao silabário sumério. Anton Parks descreve-nos o funcionamento das relações de poder entre os chamados "Deuses" do panteão sumério e egípcio alargando a tabela para um enorme bestiário galáctico, um combate extremamente complexo e fascinante entre várias civilizações extraterrestres cujas identidades são codificadas graças ao silabário "Gina'abul sumério". Levante-mos a cortina sobre a entrevista e desvende-mos as primeiras visões, as primeiras respostas contidas em Ádam Genisiš.

 

 


No seu primeiro livro, "Le Secret des Étoiles Sombres" (O Segredo das Estrelas Obscuras) você apresentava uma codificação das línguas antigas da Terra através do silabário sumério-acadiano dos antigos "deuses". As suas demonstrações foram marcantes. Em "Ádam Genisiš, você continua o seu raciocínio e explica que esta codificação teve como objectivo de destabilizar o mundo dos "deuses" e não o dos humanos como é indicado na Bíblia (com o mito da Torre de Babel).

 


Anton Parks :
As línguas suméria e acadiana são as bases de todos os idiomas e línguas terrestres e eu penso que as várias amostras que me foram possíveis de colocar nos meus dois primeiros livros o comprovam. Por assim dizer, todos os termos usuais das línguas antigas foram codificadas graças ao sumério ou ao sumério-acadiano. A razão para esta codificação é a guerra que divide em dois o mundo dos "deuses", e que encontramos nas tábuas de argila que compõem a mitologia mesopotâmica. Antes da última vaga de chegada destes "deuses", já existiam duas línguas distintas que eram o Emeša ("linguagem matriz"), o das mulheres que incluia todas as partículas encontradas tanto no sumério como no acadiano, e a outra língua era o Emenita ("linguagem masculina"), língua dos reptilianos de sexo masculino. Por razões ligadas a um antigo conflito entre homens e mulheres Gina'abul ("deuses" de tipo lagarto), as sacerdotisas usavam um tipo de linguagem oculta de modo a poderem comunicar entre elas em segredo. Este mesmo esquema linguistico encontra-se na Terra como o Emeša ("linguagem matriz") e o Emesal ("linguagem refinada"), falado pelas "deusas" e as sacerdotisas terrestres de tempos mais recentes, enquanto que os humanos de sexo masculino utilisavam o Emegir ("linguagem principesca"), também chamado Emean ("linguagem do céu"), ou seja o sumério que deriva do seu antepassado, o Emenita.
Apesar das muitas tentativas para aproximar o sumério de outras línguas, a língua suméria é totalmente à parte e não pertence a nenhuma das famílias linguisticas conhecidas. Só o acadiano parece fazer parte das línguas semíticas. No entanto, a afinidade da linguagem acadiana com o sumério reconhece-se pela utilisação da forma verbal no fim de cada frase, particularidade que não se encontra em nenhuma linguagem semítica. Alguns linguistas diriam qui se trata de uma influência suméria porque o acadiano aparece oficialmente depois do sumério, e que a população acadiana teria adaptado a sua escrita à dos Sumérios. Não concordo com esta opinião porque a escrita acadiana surgiu a partir do nascimento da escrita cuneiforme suméria (cerca de 2500 a.C.) e que os Semitas portadores do acadiano estavam presentes em pelo menos 2600 a.C., como demonstram claramente as últimas pesquisas. Além disso, o acadiano aparece formado desdo o início, como "caido do céu", o que faz desta linguagem a mais antiga do ramo semítica (com o eblaíta). Em relação  à escrita cuneiforme que é até hoje o testemunho mais "expressivo" da existência de uma história complexa e estruturada no antigo Próximo-Oriente, lembro aos leitores que se trata de uma grafia puramente terrestre, inventada pelos Homens e não pelos "deuses". Gostaria de acrescentar que os recitos épicos das tábuas mesopotâmicas retraçam, em parte, acontecimentos históricos que muitas vezes não eram contemporâneos dos escritores (humanos) da época.
Para voltar ao dialecto dos Assírios e Babilónios, é muito claro para mim que o acadiano vem da "linguagem matriz" que possuiam as sacerdotisas Diğir ("deuses") do panteão mesopotâmico. Os Gina'abul de sexo masculino (os Anunna) estavam em conflito com as sacerdotisas. Além disso, eu demostro nos meus dois primeiros livros que Sa'am-Enki estava mais do lado das Gina'abul mulheres Nindiğir ou Amašutum, do que do lado do seu criador An e do seu braço direito Enlíl. No entanto, foi Enki que misturou a linguagem dos Homens, segundo consta nas tábuas de argila, foi ele que codificou as línguas de modo a quebrar o domínio de Enlíl sobre a humanidade, que originalmente só falava uma única língua :

 

"Outrora, houve uma época em que o país de Šubur, de Hamazi, de Kalam (Sumer) onde se falam tantas línguas, o país e o principado das leis divinas, Uri o país dotado de tudo o que é necessário, o país de Martu que descansava na segurança, o universo inteiro e os povos todos juntos honravam Enlíl numa mesma língua.
Mas, o Pai-Senhor, o Pai-Princípe, o Pai-Rei, Enki, [...] o Pai-Senhor irritado...".
"[...] Enki, o Senhor da abundância, cujas ordens são seguras, o Senhor da Sabedoria que observa a Terra, o chefe dos deuses, o Senhor de Eridu, dotado de Sabedoria, mudou as palavras das bocas deles, colocou discórdia na língua do Homem, que no começo era única".

Emmerkar e o Senhor de Aratta + excerto de uma tábua do Ashmolean Museum, em Oxford

 

Eu expliquei no primeiro livro que a codificação organizada em segredo por Enki e os seus próximos, os Nungal, ou seja os "anjos que vigiam" ou Bené Elohim (filhos dos Elohim), foi possível graças à utilização da integralidade do dialecto original (Emešà = "linguagem matriz") das sacerdotisas. A criação de novos dialectos a partir do silabário sumério-acadiano foi possível graças à utilização repetida das partículas acadianas – originalmente desconhecidas dos "deuses" de sexo masculino – e também devido a uma emaranhada utilização dos três principais elementos que formam uma frase : o sujeito da acção, o objecto e a forma verbal. Como será mostrado no terceiro volume desta série, o aparecimento da linguagem acadiana é uma das últimas manobras do clã rebelde para contrariar a dominação dos Ušumgal-Anunna (Yahvé) no país mesopotâmico onde a monarquia dos "deuses" estava principalmente estabelecida.
Enki é chamado por vezes de MUŠDA em sumério. Esto epíteto define-o como o "grande arquitecto" ou ainda o "pedreiro" do mundo, mas a decomposição deste termo em MUŠ-DA dá-nos "réptil poderoso". Este réptil astuto, responsável da clonagem da humanidade e da codificação das linguagens da Terra, não é nada mais que a serpente da Bíblia, aquela que contraria o plano de Yahvé no Éden. Enki, o "réptil", lembra em todos os sentidos a definição do termo sumério EME-ŠID ("lagarto"), cuja definição estricta EME (linguagem, palavra, língua) + ŠID (memorizar, recitar em voz alta, contar) que nos dá "aquele que conta a(s) língua(s)" ou "aquele que recita a palavra" !! Como já demonstrei nos meus dois primeiros livros, o Antigo Testamento é uma imitação medíocre que utilisa de maneira exagerada as tradições mesopotâmicas e egípcias muito mais antigas...
Estou absolutamente convencido que leitores ou pesquisadores independentes argumentarão que as diferentes possibilidades que nos são dadas pelo jogo de homofonia sumério-acadiana explicam porque é que será sempre possível de decodificar uma palavra estrangeira... Preciso que eles têm toda a razão de pensar assim e que é por isso que o código foi muito difícil a ser quebrado no passado, mesmo pelos Gina'abul que falavam um perfeito Emenita ou Emegir (o sumério)... Da mesma forma, como as vogais são diferentes dependendo da região do globo e particularmente no Oriente, algumas pessoas não compreenderão a escolha fonética que eu utiliso por descodificar diferentes termos. Também quero precisar que todas as possibilidades fonéticas são possíveis, mesmo se mudar-mos por vezes as vogais que sabemos que são inexistentes em algumas linguagens. Por exemplo, o nome egípcio de Ísis que é Aset ou Iset, dependendo das interpretações. Obtemos : A-SÉ-ET "fonte do presságio de vida" ou I-SÉ-ET "lamentações do presságio de vida". Estas duas composições trazem-nos uma definição perfeita de Ísis, ou seja "mãe ou chorosa (de Osiris) responsável do presságio de vida (Horus)".
Juntamento com o científico Gerry Zeitlin, realizámos um esquema a partir da compreensão que eu pude tirar desta história de língua matriz. O trabalho de Gerry é notável na medida em que ele me permite de materializar e autentificar certos dados que não conseguiria transmitir sozinho. A nossa colaboração é muito importante. Gerry Zeitlin realizou muitos esquemas para Ádam Genisiš, e também para o seu site internet onde ele analisa meticulosamente o meu trabalho.

 

 

a_1

 

A sociedade criada pela linhagem da nobreza Ušumgal, a dos "deuses" extraterrestres An e Enlíl, é uma sociedade patriarcal, inimiga das Amašutum (grupos extraterrestres de polaridade feminina). É por essa razão que a sociedade judaico-cristã regida pelas Leis de Yahvé tem perpetuado uma ordem patriarcal ? Este antigo conflito entre os dois sexos parece que se reflecte ainda hoje. Quando se trata de Yahvé, como um deus – segundo as suas informações – responsável da (re)criação humana, a noção de argila e de terra é usada na Bíblia. Pode explicar-nos estas noções e qual é a descodificação dada pelo silabário sumério a este respeito ?


Anton Parks :
Sim, absolutamente. A existência na Terra de divindades de polaridade feminina é anterior à presença do deus masculino, como nos informa a religião judaico-cristã e que só aparece no Livro da Génesis 2:7, ou seja, durante a segunda criação listada na Bíblia. Uma grande maioria de lendas da Terra testemunham da presença de divindades de polaridade feminina. A Génesis fez a mesma coisa, basta ler o texto da criação atentivamente. No Livro da Génesis 1:26, os Elohim ("os deuses"), termo feminino no plural, criam o Homem "à sua imagem"... Porque é que este termo, plural e feminino, é na maioria das vezes traduzido em "Deus" ? Eu explico nos meus livros que o termo Elohim decompõe-se em sumério-acadiano em EL-Ú-HI-IM "os poderosos elevados que misturaram a argila (ou oque é feito de argila – o Homem)". Estes Elohim formam uma associação multi-étnica e cultural planificadora, que trabalha para a Fonte de todas as coisas que é mais associada a uma energia feminina, a da Deusa-Mãe. Os seres femininos de que falei mais acima e que estão em conflito contra a autoridade masculina dos textos sumérios fazem parte do grupo dos Elohim a quem eu chamo de Kadištu nos meus livros.

 

a-2

Uma Deusa-Mãe em forma de árvore alimenta a humanidade, de acordo com o Codex mexicano Fejervar-Mayer, placa 28.
A árvore é o grande símbolo das dinvidades femininas e figura uma "Estrela Obscura" na Mesopotâmia.


No livro da Génesis 1:26, quando os Elohim desejam criar o Homem primordial, é dito : "Façamos o homem à nossa Tsélem (imagem)". No entanto, a palavra hebraica Tsélem não parece ser bem traduzida, porque ela é formada do vocábulo Tsél que quer dizer "sombra", e do Mem que simboliza hermeticamente a água, alimento vital, ou seja a semente. Quando é estipulado que Elohim vai formar o homem primordial a partir do seu Tsélem, isso quer dizer que ele vai  formar o homem a partir dos seus próprios genes, da sua "sombra-líquida", isto é, da semente de Elohim !

"[...] Eles (os criadores) formaram uma criatura juntando os respectivos poderes de cada um. Cada autoridade forneceu uma qualidade conforme à imagem mental que se tinham feito. Assim elas criaram um ser, um Homem primordial perfeito...".
Manuscrito de Nag-Hammadi, "O Livro Secreto de João", Codex NH2-1; 28

É muito interessante de observar que o termo hebraico Tsélem (traduzido em "imagem" ?!) decomposto em sumério-acadiano, dá TÉŠ ("sexualidade", "força vital") ; EL ou ÍL ("elevado", "ser alto") ; EM ou IM ("argila", "lama"), ou seja TÉŠ-EL-EM "a força vital elevada da argila" ou "a alta força vital elevada da argila". Como a argila bíblica representa geralmente o sangue ou os genes, podemos traduzir a passagem em questão em "façamos o homem à nossa (com) alta força vital elevada ou tirada da argila (isto é com o nosso sangue ou os nossos genes)"... Esta tradução está perfeitamente de acordo com o texto apócrifo de João mencionado mais acima. Que o leitor que em breve despertará compreenda de maneira definitiva porque é que os textos apócrifos (do grego apokruphos "mantido secreto") não foram – deliberadamente – incluídos na Bíblia, o maior best-seller da Terra. Dois dos maiores conspiradores são, sem dúvida, o imperador Constantino que em 312 mandou destruir as obras "pagãs" e "heréticas", e que financiou a revisão e a fabricação de novos exemplários da Bíblia. O outro é o bispo Atanásio de Alexandria que em 367 preparou a lista dos títulos destinados a formar o Novo Testamento, entre mais de 70 evangelhos existentes... e rejeitados !
O culto da Deusa-Mãe e o das mulheres em geral, sempre aterrorizou o mundo político-religioso patriarcal. Não é preciso lembrar que a Santa Igreja considerou a mulher até à Idade Média como uma "nódoa" que podia ser espancada, torturada, violada e escravizada. Ah sim, quase que me esquecia que a mulher não tinha alma (sic). A antiga religião, a da Deusa-Mãe, foi vítima de crueis perseguições pelo passado. Na Idade Média, a religião da Deusa era uma concurrente para o dogma judaico-cristão, mais recente. Em 1484, o papa Inocêncio VIII encarregou a Inquisição de iniciar a caça à antiga religião matriarcal. A publicação em 1486 do Malleus Malificarum "O Martelo das Bruxas" dos dominicanos Heinrich Kramer e Johann Sprenger,  estabelece as bases de um reino de terror que vai durar mais de dois séculos em toda a Europa até à América do Norte. Estima-se a 9 milhões o número de "hereges" que foram executados, 80% foram mulheres, crianças ou adolescentes, que a Igreja achava que elas tinham herdado do "mal" das suas mães ! A misoginia tornou-se num elemento vital da Igreja Católica medieval ; a mulher e a sua sexualidade eram "a encarnação do mal". A mulher acusada de bruxaria era detida brutalmente, sem nenhum aviso prévio, condenada e queimada... aconteceu apenas à 500 anos atrás, Aléluia !


Os dois primeiros volumes das "Crónicas do Ğírkù" fazem muitas vezes referência ao ciclo menstrual, à sua importância, ao seu poder de cura e de compreensão, pois a menstruação das Amašutum (entidades femininas das Crónicas) é utilizada em rituais sagrados. Curiosamente, este tipo de prática encontra-se em antigos rituais gnósticos, que também veneravam o Eterno Feminino. Por outro lado, em certas tradições rituais ou religiosas, e mais especialmente nas religiões do Livro, como o Islão, a mulher é considerada como impura durante este período da sua vida e o seu ciclo mestrual é tabu, uma grande proibição. A este respeito, você mete em evidência uma passagem do Manuscrito do Mar Morto 4Q266 Frag9 Col2 : "Quem coabitar sexualmente com uma mulher durante o seu fluxo sanguíneo, será contaminado pela impureza causada pela menstruação ; e se um fluxo surgir de novo depois da menstruação normal, ela será impura durante 7 dias". Porquê este tabu sobre as mulheres, ao ponto de serem muitas vezes  comparadas a bruxas ?


Anton Parks :
A mulher está, desde sempre, ao centro de uma conspiração universal. O seu poder assustou os "deuses" das diferentes mitologias, e assusta também a Igreja porque ele poderia liberar o ser humano, e assim ele não precisaria mais do clero para ser tranquilizado e sentir-se "assistido". As menstruações das mulheres terrestres foram também objecto de rituais sagrados e muito herméticos, por razões que imaginamos facilmente.
Uma vez que estamos no tema das grandes verdades, examinemos o significado exacto da palavra "bruxa" na língua dos "deuses". O termo sumério para denominar uma bruxa é Míuš'zu. A sua verdadeira tradução e as diversas interpretações que poderemos fazer graças aos homófonos, de que os Sumérios gostavam tanto, vão colocar-nos no caminho de um significado habilmente dissimulado. A simples decomposição de MÍ-UŠ12-ZU dá "a milher com a secreção-sabedoria" ou ainda "a mulher com o veneno-conhecimento"...

 

a-3

"Bruxa" mexicana do Codex Fejervary-Mayer, placa 17.
A serpente ("entre as suas coxas" !) é o seu símbolo preferido...

 

"Durante 130 anos, Adão ficou separado da sua mulher [...] por causa do veneno que ele tinha absorvido. Quando o veneno se esgotou, ele voltou [para Eva]".
Zohar, Bereshit 3, 55a (texto rabínico)

O jogo da homofonia suméria vai trazer-nos algumas informações adicionais sem alterar o sentido original do termo. Se substituirmos o UŠ12 por ÚŠ, obtemos : MÍ-ÚŠ-ZU, ou seja "a mulher com o sangue sabedoria", e com UŠ, MÍ-UŠ-ZU : "a mulher que eleva o conhecimento (ou a sabedoria)"... Antes da intervenção do cristianismo, as bruxas eram consideradas como pessoas que possuiam a energia da Deusa. As várias possibilidades de tradução que jogam com a homofonia da linguagem dos "deuses", garantem-nos que estamos em presença de uma substância particular, cujo segredo é apenas conhecido das mulheres. Estamos muito próximos da tradição alquímica. Afim de realizar o acto sagrado, um outro elemento tem de intervir. Se você tem uma confiança absoluta no seu companheiro(a) e se você o(a) ama infinitamente, então saiba que tudo é possível, até mesmo partilhar a sua menstruação eo seu sémen :

"E a árvore do conhecimento do bem e do mal : porque é que ela é assim chamada ? [...] É que esta árvore se alimenta de dois lados opostos e ela reconhece-os como alguém que come doce e amargo ao mesmo tempo. Tirando a sua substância de duas direcções contrárias, ela é chamada "bem e mal"".
Zohar, Bereshit, 35a e 35b

Os rabinos que reuniram a compilação de textos do Zohar sabiam muito bem do que é que eles falavam. É claro que a alusão feita na passagem do texto mais acima é relacionada com o esperma e com a menstruação, o esperma representa "o bem" e a menstruação "o mal" !
A proibição de Yahvé de aproximar uma mulher e um homem cujos fluxos impuros não se devem misturar, encontra-se também na Bíblia :

" Qualquer homem que tiver fluxo de sua carne será imundo por causa do seu fluxo. [...]Toda cama em que se deitar o que tiver fluxo será imunda; e toda coisa sobre o que se assentar será imunda. [...]Também o homem, quando sair dele a semente da cópula, toda a sua carne banhará com água e será imundo até à tarde. Também toda veste e toda pele em que houver semente da cópula se lavarão com água e serão imundas até à tarde. [...]Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar será imundo até à tarde. E tudo aquilo sobre o que ela se deitar durante a sua separação será imundo; e tudo sobre o que se assentar será imundo."
Bíblia, Levítico, 15 (passagens em português tiradas deste site : http://wordproject.org/multi/pt.htm)

Devemos saber que encontramos elementos químicos particulares nas secreções sexuais : o esperma, por exemplo, contém quantidades significativas do sal mineral "Zinco", que intervém em mais de 80 processos bioquímicos no organismo. Nós estamos no centro da alquímia mística...
Concordo que todas estas revelações podem parecer-nos estranhas, mas não devemos esquecer que a nossa sociedade está completamente desligada do sagrado e de certas realidades. O sexo foi deliberadamento banalizado e vende-se hoje nas esquinas das ruas como uma vulgar mercadoria pronta para o consumo rápido. O "génio" do homem nunca deixou de procurar modos mais refinados e perversos para explorar a mulher afim de obter prazer imediato e dinheiro. Ele até tem a capacidade de apreciar o sofrimento do seu duplo feminino, ele é, sem dúvida, o único animal (Á-DAM em sumério) capaz de torturar e de matar apenas por prazer. Distorcendo assim certas realidades, o ser humano foi capaz de confinar-se num mundo formatado, à imagem do universo perverso dos "arcontes maléficos" reptilianos descritos nos textos gnósticos, que se fizeram passar pelas verdadeiras divindades do nosso universo. Uma vergonha existencial acompanha o significado do sagrado, porque o sexo é o centro da culpabilidade causada por estes "deuses" maléficos. Se os "deuses" sumérios, transformados num deus único e universal na maioria das religiões, colocaram uma proibição sobre o sagrado ao ponto que hoje, este sagrado se tenha tornado numa verdadeira feira, é apenas para desviar a humanidade da verdadeira realidade que lhe permitiria de se elevar. A grande maioria de nós não tem ideia do maravilhoso que nos rodeia. Você, que lê estas linhas, se tem a alegria de partilhar a sua vida com uma pessoa que ama profundamente, então você deve de perceber que o sexo não tem nada a ver com uma actuação como nos é apresentada pelos meios de comunicação. O sexo é uma conexão do coração, uma fusão no verdadeiro amor...


Segundo a Bíblia e os textos rabínicos, foi Samaël "o anjo caído", também chamado "serpente", que iniciou a humanidade ao fruto da árvore do conhecimento. Você sustenta esta doutrina, em especificando que se trata de Sa'am, também conhecido como Enki, o chefe geneticista Gina'abul que clonou os humanos – trabalhadores sexuados – e que ensinou a sexualidade a esta nova humanidade. Ele também parece ser responsável pela prática sexual que concede a elevação. Pode esclarecer-nos esta ideia e o seu funcionamento ?


Anton Parks :
Isto é um grande tema que eu trato no meu primeiro livro "Le Secret des Étoiles Sombres" (O Segredo das Estrelas Obscuras) e que preciso em Ádam Genisiš. A prática que permete a elevação espiritual chama-se Tantra na Índia. Esta acção, combinada com a prática da mistura dos fluidos, traz uma transformação importante para o indivíduo. A sua única exigência é de realizar este acto apenas com a pessoa que nós amamos profundamente e com muito respeito. Prefiro precisar porque trata-se de um processo "mágico", que pode ser mal encaminhado se não for feito no Amor Incondicional !

 

A-4

Codex Maia de Madrid, placa 30.
Representação de Ixchel, divindade da fertilidade feminina, da medicina e da lua.
O texto que acompanha esta ilustração reflete o mistério dos mistérios : "a estrela libera água, a seiva das profundezas da mãe resplandecente ergue o fio torto (ou seja, a Kundalini)".

 

 

Vou detalhar aqui o que eu exponho nos meus livros, e especificar como proceder. O Tantra é um diálogo religioso entre o homem e a mulher, com o objectivo da realização da unidade. No Tantra, cada mulher é uma sacerdotisa na qual a Deusa-Mãe se encarna; verdadeiro caminho para alcançar o absoluto. Quanto mais durar o acto, mais a sexualidade será integrada num contexto espiritual próximo do relaxamento e do yoga. O yoga tântrico assimila, como uma alquimia interna, os princípios masculinos e femininos no corpo humano. A relação sexual tântrica é o oposto de um acto sexual "banal", onde o homem procura atingir o seu prazer pessoal e o seu orgasmo egoísta, exigindo muitas vezes uma relação rápida e insatisfatória para a mulher, que no entanto, é multi-orgásmica. Graças à prática do Tantra, cabe ao homem de se meter ao mesmo nível vibratório da mulher e de a fazer vibrar fazendo trabalhar os sete chakras principais, e criar uma impulsão divina, a da sabedoria; cabe ao homem de estabilisar-se na mulher e de ser capaz de "sacrificar as suas pulsões primárias", para se sincronizar na "Deusa". O Tantra permete de fugir à condição humana e de escapar à brutalidade que nos anima. Simplesmente através de um orgasmo sexual prolongado, se possível sem emissão seminal. Este acto sagrado tem como único objectivo de nos aproximar do divino, os gnósticos que defendiam um conhecimento interior, independentemente de qualquer dogma religioso, sabiam disso :

 

"Se tu desejas discernir a realidade deste mistério, então deverás distinguir a notação maravilhosa das relações que ocorrem entre o macho e a fêmea. [...] o mistério das relações é executado no maior segredo, de modo a que os dois sexos não possam ser desonrados perante aqueles que não experienciam esta realidade. Para eles, os sexos só contribuem a procriar. Se o acto ocorresse na presença daqueles que não compreendem esta realidade, pareceria-lhes completamente ridículo e inacreditável...".
Manuscrito de Nag-Hammadi, "O Codice Asclepius" (21-29), 6,8

 

Esta prática milenária corresponde à sexualidade sagrada praticada nos tempos antigos pelas sacerdotisas "Estrelas Obscuras", e mais tarde nos templos sagrados onde as sacerdotisas humanas da antiguidade entregavam-se à sexualidade ritual da Deusa-Mãe. Que esta prática tenha sido realizada em santuários e que sacerdotisas se tenham acasalado com estranhos nesses mesmos santuários, pouco importa aqui. Foi em outros tempos, e os costumes não eram os mesmos de hoje, não devemos julgar. Não nos elevará de saber que tenham existido excessos, como orgias ou outras práticas menos recomendáveis, como a procura de um contacto com o sobrenatural graças a transes provocadas por magia negra. Como já indiquei, este é um acto que pode ser perigoso se ele for praticado num espírito de sugestão e de engano. O que é preciso saber hoje é que o verdadeiro Tantra, exercido a dois no Verdadeiro Amor, com a pessoa que amamos infinitamente, não comporta nenhum risco, pelo contrário, ele traz muitas coisas. Insisto mais uma vez, esta sexualidade deve ser praticada a dois, entre duas pessoas que aprovem e que se amem, é uma união sagrada cujo objectivo final é de acordar o divino em cada um de nós e de distinguir a derradeira realidade além da percepção comum. Podemos também acrescenter que se trata de uma maneira de recriar a unidade perdida, a da androginia que depende de cada um, uma vez a encarnação terminada. É por isso que a maior parte de nós procura o seu duplo, a sua alma gémea, para realizar conscientemente ou inconscientemente o acto extático e de voltar, de certa maneira, "para a sua casa"... Compreende ? As transformações são tão enormes que elas podem causar uma libertação importante nas pessoas mais "frígidas". Não me cabe a mim de listar os benefícios destes gestos milenários que os antigos conheciam perfeitamente e que acabaram por ser reservados a raros iniciados. A experiência é e está em cada um de nós. Os textos tântricos da Índia não são os únicos a exprimir a necessidade sentida pela mulher e pelo homem de se unirem novamente para reformar o casal andrógino divino que poderá reproduzir a unidade e criar uma abertura espiritual ; casal que de acordo com a doutrina tântrica, trocará os papéis quando começarem a união sagrada, a mulher torna-se no homem e vice-versa :

 

"Quando Eva estava em Adão, a morte não exisitia. Quando ela foi separada dele, a morte apareceu. Se ela entrar de novo nele e se ele a acolher nele, a morte não existirá mais".
Manuscrito de Nag-Hammadi, "O Evangelho de S. Filipe", NH2, 3 68

 

O termo Ğìš-dù que dizer em sumério : "ter relações sexuais" e o seu homófono Ğìš-dù traduz-se em "oferecer um sacrifício". A analogia é notável porque na Índia, os textos iniciáticos tântricos comparam muitas vezes a união sexual a um sacrifício, onde, como já evoquei, o homem deve "sacrificar as suas pulsões para fazer vibrar a Deusa"...

 


Enki certificou-se que os seus protótipos fossem capazes de reproduzirem-se através de relações sexuais. Você utilizou estes termos muito precisos : "A iniciação ao Segredo das Ğiš" ou a iniciação ao "Segredo das Estrelas Obscuras", título do primeiro volume, que faz pensar no Eterno Feminino e na importância que os Gnósticos davam à sexualidade. Porque é que Enki quis que os homens fossem cada vez mais autónomos e que também fossem iniciados ? Foi por causa do dom feito aos homens por Enki da reprodução sexual que encontramos na Bíblia o tabu sobre a sexualidade e a noção de uma "Eva" tentadora ? Além disso, porque é que a Bíblia conta que a mulher foi criada em segundo, da costela do homem, como uma espécie de subproduto ? Houve alguma distorção deliberada ?

 


Anton Parks :
Sim e não. Houve várias versões da humanidade. A primeira, "fabricada" pelos "planificadores", era de facto completamente assexuada. Esta antiga versão que encontramos de um modo distorcido no livro da Génesis 1:26, é o produto dos Elohim ("as divindades planificadores"). O modelo discutido nesta passagem da Génesis é, sem dúvida, uma mistura do Homem Primordial chamado Namlú'u e o protótipo Neandertal, que foi também fabricado pelos Elohim, precisamente por Nammu, a mãe de Enki. Foi esta última versão, assexuada (por isso mais dócil) pelo clã dos Yahvé (Ušumgal-Anunna) que trabalhou para os "deuses" sumérios. De maneira a tornar esta humanidade autónoma em relação ao regime autoritário dos Anunna, Enki separou os sexos para que os trabalhadores pudessem multiplicar-se por eles mesmos. Como o Edin (planície mesopotâmica) –  onde encontramos os mais antigos vestígios de trigo no mundo – era uma gigantesca indústria agrícola, era muito difícil de o controlar totalmente. Quando a humanidade sexuada foi confrontada à sua obrigação de continuar a trabalhar para os "deuses" em Edin, ela teve também de gerir clandestinamente a sua "autonomia" escondida pelo administrador do sítio, ou seja, Sa'am-Enki (Samael, a serpente bíblica). A razão para agir assim, foi um profundo desacordo entre Sa'am-Enki e os seus, considerados como planificadores (Elohim) e o clã paterno de Enki que simboliza a autoridade do Yahvé bíblico. Enki, "a serpente", é regularmente apresentado no imaginário mesopotâmico como um instrutor e não como um tentador. Mais uma vez, a Bíblia preferiu enverter os papéis e falsificar as situações.

 

a_5

Enki, ou a serpente, a serpente inicia a humanidade
A mulher está aqui mais atrás, porque ela conhece o segredo das "árvores", conforme à ideologia expressa na Génesis. Observe o sinal em forma de estrela (Diğir = deus) perto de Enki e o sinal da lua em forma de cálice, perto do homem.
Selo sumério.

 

Enki (chamado MUŠDA "poderoso réptil") é representado como uma serpente colocada perto de um homem e de uma mulher. O homem levanta o seu copo com Sa'am-Enki e este último tem na sua mão uma caneca em forma de cálice que simboliza o sexo feminino, ou seja, o  "Santo Graal" das tradições do Norte da Europa... Perto de Enki, encontramos uma estrela que significa DIĞIR ("divindade"). Acima do homem está o símbolo da lua transposto em GAM ou GÚR lunar sumério em forma de cálice. Estes dois termos refletem tanto "a morte" como "o facto de se inclinar ou de se submeter". Esta representação simboliza várias ideias que eu traduzo simplesmente em "submeter-se ao ciclo mensal para vencer a morte"... Em sumério, ĞÌŠ-DÙ quer dizer "ter relações sexuais" e o seu homófono ĞÌŠ-DÙ (literalmente "ligar-se à árvore") quer dizer : "oferecer um sacrifício". A analogia é notável porque na Índia os textos iniciáticos tântricos comparam a união sexual a um sacrifício, onde como sabemos, o homem deve "sacrificar as suas pulsões para fazer vibrar a Deusa".
"O lixo" é usado como fertilizante e comunica energias vitais na natureza, porque é que deveria ser diferente para o ser humano ?! O termo U quer dizer "lua", "vaso", "menstruação" em maia, enquanto o Ú sumério expressa "uma planta", "alimento", "poder". Em hebraico, o ciclo das mulheres chama-se Ma'hzor, literalmente "o que volta" e a menstruação : Véssét. Estes dois termos decompostos em sumério-acadiano dão MA-ÁH-ZUR8 "colocar a força que jorra" e WE-SÉ-ET "a compreensão marca de vida (ou força de vida)".
No que toca à iniciação da humanidade à copulação que tem como objectivo de procriar, ela também aparece nos textos como "Le Livre d'Adam" (O Livro de Adão). Na passagem mais abaixo, Samael (Enki) sai de um dos seus esconderijos subterrâneos com os seus "anjos caídos" (os Nungal) para explicar ao homem e à mulher "como fazer"...

"[...] Samael e dez dos seus anjos escaparam da sua masmorra, assumiram a aparêcia de mulheres extraordinariamente belas e foram até à beira do rio. Aí, cumprimentaram Adão e Eva, e Adão exclamou, incrédulo : "A terra deu à luz estas criaturas incomparáveis ?" e perguntou em seguida : "Amigas, como é que vocês se multiplicam ?" Samael, com uma voz sedutora de mulher, respondeu : "O homem deita-se perto de nós para o amor. As nossas barrigas incham, temos filhos e eles crescem e fazem como nós. Se não acreditas em mim, estou pronta a mostrar-te !" Ao ouvir estas palavras, outros anjos caídos também disfarçados, subiram à superfície do rio. [...] Logo a seguir, as mulheres deitaram-se todas nuas, cada uma com o seu alegado marido e todos fizeram coisas más à frente de Adão. Depois disso, Samael disse : "Faz assim com Eva, porque é a única maneira de multiplicar a vossa raça".
Le Livre d'Adam (O Livro de Adão) apócrifo, versão etíope.


Quando lemos a Bíblia, percebemos que o homem original da Bíblia, Adão, não se parece com este fabuloso prejocto que você descreve. O Adão bíblico parece ser idiota, "inocente", ignorante, submetido a Yahvé, e não tem nada deste ser poderoso que você descreve no início do livro. Porque é que há tantas diferenças entre eles ? É o mesmo Adão ou houve outro projecto, um outro homem original antes do Adão bíblico ?


Anton Parks :
Como acabei de mencionar, houve várias versões do humano, tal como existem várias versões do macaco... O primeiro foi o Namlú'u, criado pelos planificadores Kadištu (os Elohim) que semearam a Terra antes da invasão dos Anunna. Os NAM-LÚ-U18 ("enorme(s) ser(es) humano(s)") são seres que englobam capacidades incomuns. Este espécime é, por exemplo, chamado no manuscrito gnóstico de Nag-Hammadi ("Le Livre Secret de Jean" (O Livro Secreto de João), Codex NH2 – 1,28) onde ele aparece sob a forma do "Homem primordial perfeito" criado pelos diferentes criadores, segundo as suas diferentes qualidades e poderes. Os Namlú'u possuem uma altura de vários metros (cerca de 4 metros) e são seres multidimensionais. Como expressam vários textos gnósticos, eles eram os guardiões da Terra antes da chegada dos deuses maus (os Anunna). Eles desapareceram da nossa dimensão aquando da ascenção dos Anunna. A palavra Namlú'u é um termo genérico usado na Mesopotâmica para designar a humanidade primordial e utilisado mais tarde para designar os Sumérios que eram considerados no Médio-Oriente como a primeira humanidade que foi posta ao serviço dos "deuses".
Portanto, existe uma mistura entre este Namlú'u, guardião do planeta Terra em nome dos Elohim, e os diferentes tipos de trabalhadores criados (para servir os interesses de Yahvé) a partir do macaco e que são o Homo Neanderthalensis e mais tarde o Homo Erectus que deu o homem moderno, ou seja o Homo Sapiens. Este ramo Homo é a família "animal", a que foi utilizada pelos diferentes Gina'abul ("répteis") que compõem a familia reptiliana que se impôs na Terra. Não é surpreendente de constatar que o termo sumério Á-DAM engloba as seguintes definições : "animais"; "bestas"; "rebanhos"; "colonização"; "infligir"... Eu mostro em Ádam Genisiš que a primeira versão Homo Neanderthalensis é chamada Ullegara ("colocada antes"). A segunda, remodelada para servir os Anunna e assexuada num primeiro tempo, é chamada Annegarra ("colocada depois") nas tábuas de argila. Este último exemplar corresponde ao Abel bíblico. O outro ramo, considerado como "animal" é uma versão (deliberadamente) menos "espiritual" que a sua prima Neandertal que possuia uma forma de misticismo profundo pela vida e pelos seus criadores planificadores.

"Porque Adão era motivo de chacota, já que ele havia sido criado pela Hebdómada dos arcontes a partir da imagem e do padrão do Homem [...]"
Manuscrito de Nag-Hammadi, "O Segundo tratado do Grande Seth", Codex NH7 ; 28 (tradução encontrada aqui : http://www.freewebs.com/misteriosantigos/segundo-tratado-do-grande-seth.htm)

O Adão, ao servico da Hebdómada gnóstica, nada mais é que uma versão reduzida do Ullegara ("colocado antes"), trata-se de facto do Annegarra ("colocado depois"), ou seja do homem de Neandertal remodelado para a ocasião. Este homem de Neandartal (Abel) possuia no espírito humano e bíblico a imagem de um ser fabricado pelos "de cima".  Como já indiquei, a sua memória é sem dúvida combinada com o extraordinário Namlú'u, pela simples razão que estas duas espécies foram modeladas por membros planificadores Kadištu (Elohim), em épocas diferentes. A segunda vaga de trabalhadores assimilada a Adão é o ramo animal a quem eu chamo Ádam Dili ("animais primeiro" = Homo Erectus) e Ádam Min ("animais segundo" = Homo Sapiens) cuja  única utilidade era de servir os "deuses" reptilianos. Trata-se do Caim bíblico. A Génesis diz que Caim foi criado por Yahvé (An e os seus anjos Anunna) e que ele era "mau" comparado ao seu irmão ou primo Abel. A razão desta afirmação é que Caim (Homo Sapiens) foi genéticamente desligado do divino. Na verdade, apenas 3 a 5% do ADN humano manifestar-se-ia em proteínas, e seriam portanto úteis, sendo o restante o Junk DNA ou ADN lixo de quem toda a gente fala.

 

 

a-6

Selo de argila sumério que mostra o geneticista Enki, com um frasco na mão, perto de uma Ninti que tem nos braços um humano mais pequeno que os Gina'abul e que imaginamos ter sido clonado. Observe a presença da árvore (Ğiš = "Estrela Obscura") perto da deusa.

 

A estranha reunião dos textos gnósticos, esta Hebdómada, não é outra senão Yaldabahot (Yahvé) e os seus seis outros arcontes que correspondem ao grande conselho dos sete Ušumgal ("grandes dragões") e que possuem todos os poderes na história que eu conto. Não há dúvida de que Yaldabahot é o "deus" sumério An. Embora eu concorde com muitas passagens ditas apócrifas, tenho a precisar que os gnósticos associam muitas vezes Yaldabahot a Samael, o que para mim, é um grande erro. Este mal-entendido vem do facto que Enki-Samael (filho de An-Yahvé) trabalhava para An e foi forçado a criar criaturas para os anjos subordinados do seu pai, os Anunna. É um pouco como a confusão que é feita entre Enki (a serpente) e Enlíl (Satanás) que é o grande Šàtam (administrador territorial) de Edin (a planície Mesopotâmica). Veremos no terceiro volume desta srie que este mesmo Enlíl- Šàtam, que não é outro senão Šètéš (Seth), estará em constante conflito com Heru (Horus), que corresponde a Lúcifer, "o portador de luz". Como pode ver, existe muita confusão entre os grandes arquétipos mitológicos.


No livro de Rene Andrew Boulay, "Flying Serpents and Dragons", o autor afirma que as primeiras experiências para criar o homem como mão-de-obra foram supervisionadas por Enki e Ninmah-Ninhursağ. Os seres que teriam sido criados por eles teriam muitos mais traços reptilianos, já que é dito nos textos antigos que o híbrido foi criado à imagem de Deus, dos seus criadores. Boulay também salienta que é interessante de notar que antes do nome de cada híbrido, os Sumérios colocavam o termo "Dingir", um sinal que simboliza a divindade, "o facto que os nossos antepassados eram considerados como divinos, pelo menos até um certo grau" (Boulay, página 117, "Man Created in the Image of the Reptile God"). Boulay (que se baseia em vários textos como a Hagadá e em algumas tábuas de argila sumérias, onde encontraríamos descrições claras dos primeiros homens que os descrevem como tendo traços reptilianos) ainda diz que quando "o sangue reptiliano ou sáurio" foi dado ao homem-macaco primitivo, os Anunna ou Nefilim deram ao homem uma parte da sua divindade. O que pensa desta afirmação ?


Anton Parks :
Penso que se trata de materiais primitivos e intermediários, nascidos da versão Ádam Dili (Homo Erectus) que forneceu o Ádam Min (Homo Sapiens = Caim) ao clã Yahvé (Ušumgal-Anunna). Mas de certeza que não se trata do Neanderthal (Abel) que nunca foi considerado como tendo a "animalidade" dos Yahvé, pelo contrário, ele tinha o conhecimento dos Elohim. Tudo isso é uma história de clonagem e de poder adquirido com a ajuda da genética. O que não foi simplesmente uma guerra física tal como a entendemos hoje, mas também uma guerra genética, uma corrida para obter o melhor produto com o melhor genótipo que fará dele um trabalhador submisso (Yahvé) ou então um trabalhador "espiritual" e livre (Elohim)...


Em Ádam Genisiš, você diz que as primeiras linhagens de homens planeadas para serem animais foram criadas por uma casta reptiliana, as Ama'argi, que tentavam escapar à escravidão, e de servirem de gado para a casta de reptilianos reais. Pode dizer-nos mais a este respeito ? Além disso, você descreve uma situação em que os primeiros homens e primatas eram tratados como gado por certas "castas" ou linhagens reptilianas : o homem e o primata eram uma força de trabalho, mas também um alimento. A este respeito, temos a impressão que a carne do homem é consumida assim como a sua energia, as suas emoções negativas. Passo a citar : "Uras (a Terra) tem agora uma memória de sofrimento." Será que este sofrimento é consumido e tem alguma utilidade para as castas reptilianas (Kingú / Reptilianos "vermelhos" e albinos) mas agressivas ? O "trauma" destes primeiros homens era voluntário ?


Anton Parks :
Efectivamente, mas não me alastro muito em Ádam Genisiš porque este sujeito só tem a ver com os clãs Kingú e Anunna que são confrontados ao clã de Sa'am-Enki. Quando os sobreviventes da guerra entre os planificadores (Elohim) e o clã patriarcal Ušumgal-Anunna (Yahvé) chegaram ao nosso sistema solar, a linhagem real Gina'abul da Ursa Maior (An e os seus Ušumgal = Yahvé), teve uma má surpresa quando descobriu que os seus inimigos consaguíneos, a linhagem real Kingú da constelação do Dragão, já estave presente na Terra à milénios ! Os Kingú são responsáveis do fabrico dos diferentes Ugubi (macacos) e utilizavam-nos como comida (por exemplo, o chimpanzé) e como trabalhadores com o Ádam Dili (Homo Erectus). O trauma que você evoca ainda não existia nessa época, porque que eu saiba, os Gina'bul reais chamados Kingú nunca tiveram problemas de frequência, ao contrário dos Anunna. Eles eram simplesmente brutais com aqueles que eles consideravam como gado.

 

 

a-7

O nome Adão em sumério e em egípcio. É interessante de verificar que o nome dado ao antepassado do homem na Bíblia e composto em egípcio representa "um ser que treme e que tem medo de ser devorado" (tal como um animal), mas também "uma criatura cortada (desmembrada) e inconsciente". Isto é consistente com as manipulações genéticas narradas nas tábuas mesopotâmicas.

 

Os Anunna vão fazer a mesma coisa com os diferentes protótipos que os soberanos Ušumgal vão criar ou vão mandar criar pelas mãos de Ninmah, Nammu e o seu filho Enki, estes dois últimos sendo vistos como planificadores (Elohim) aos olhos dos dirigentes Gina'abul. É por isso que na Génesis, a segunda criação que tem como objectivo de servir a autoridade masculina, é criada não por Yahvé sozinho, mas por Yahvé-Elohim !! Tudo é claro. Os Anunna tiveram grandes problemas de adaptação na Terra, porque a frequência terrestre é maior que a do Dukú, nas Pléiades, de onde eles vêm. O facto de rebaixar o homem e de o colocar em condições de trabalho difícies, teve como objectivo de diminuir a frequência terrestre. Da mesma forma, o facto de consumir carne humana (ou animal) também diminui a frequência da pessoa que a consome. Quem decretou que o humano tem de ser obrigatoriamente carnívoro ?! Os textos gnósticos, mantidos deliberadamente afastados dos preceitos bíblicos, expressam bem o aspecto carnívoro de deus :

"Deus é antropófago. Por isto os homens são sacrificados a ele. Antes dos homens serem sacrificados, sacrificavam-se animais (macacos ??), pois aqueles a quem eram sacrificados não eram deuses."
Manuscrito de Nag Hammadi, "O evangelho de Filipe", Codex NH2-3 ; 40 (tradução encontrada aqui : http://fr.scribd.com/doc/3320298/EVANGELHO-APOCRIFO-DE-FILIPE)

 

 

a-8

Codex Borbonicus, placa 14. Um "deus" réptil devora um humano sob o olhar cúmplice de um alto dignitário asteca.


Já ouvi muitas vezes que os Anunna dos textos das tábuas de argila mesopotâmicas fariam hoje o objecto de uma profunda admiração por um determinado público. Quero sublinhar que encontramos o termo Anunna na língua suméria na forma de A-NUN-NA, cuja tradução habitual suméria, validada pelos linguistas, dá "medo" e cuja tradução rigorosa é : "o pai, o príncipe dos humanos". Se eu estivesse no lugar das pessoas que se interrogam sobre as origens da humanidade, examinaria a questão com cuidado : porque é que os "deuses" sumérios, que não são mais que os Yahvé bíblicos e arcontes gnósticos, são tão temidos ?! Porque é que Deus assustaria tanto os humanos ? Será que é mesmo o seu papel ?


Parece que a humanidade se desenvolveu a partir de um primeiro grupo em vários subgrupos que deram origem a diferentes cores de pele, etc. Com o tempo e com o isolamento geográfico, estas diferenças acentuaram-se até chegarmos aos grupos qualificados de grupos "raciais". Estas diferenciações entre as "raças" humanas são o fruto de uma evolução natural ou de uma intervenção genética voluntária da parte dos Anunna ? Nesse caso, porque é que eles criaram estas diferenciações ? Podemos relacionar isto à história bíblica da Torre de Babel ?


Anton Parks :
Trata-se, obviamente, de uma intervenção genética. O caso do homem de Neandertal é um bom exemplo. Em 2006, estudos sobre a sequência do ADN do homem de Neandertal, liderados por S. Pääbo e a sua equipa (Instituto Max Planck), demonstram que o homem de Neandertal possuia cromossomas Y (masculinos) muito diferentes do homem moderno (Homo Sapiens) e também do chimpanzé ! O volume cerebral do Homo Neanderthalensis oscila entre 1200 e 1750 cm3. Como a evolução de Darwin não pode explicar esta diferença, a ciência moderna pensa que as grandes caixas cranianas do Homo Neanderthalensis eram as dos homens, e as mais pequenas as das mulheres (sic). Como o tamanho médio do Neandertal oscila entre 1,55m e 1,65m, nós não podemos explicar os seus diferentes volumes cranianos em relação à sua massa corporal. A parte posterior (occipital) do crânio do Neandertal é ligeiramente alongada, um pouco como a dos Gina'abul.
É preciso saber que a ideia de um cérebro que aumenta é um mito : a sua dimensão é estável desde a aparição do homem moderno. Os cientistas explicam este facto, que contradiz Darwin, dizendo que a evolução biológica do homem não faz mais o seu trabalho porque o homem foi extraído, pelas suas técnicas e culturas, da seleção natural e do seu corolário, a pressão ambiental (sic). Foi a revista Science et Vie de dezembro 2005 que o anunciou. Na verdade, o hominídeo conhecido pelo nome de Homo Sapiens apareceu de repente entre 200 000 a 300 000 anos atrás. Trata-se claro do espécime criado especialmente para fazer o trabalho dos Gina'abul, depois do fracasso com o Neandertalense ("Abel"). A capacidade da caixa craniana do Homo Sapiens ("Caim") é quase 50% maior que a do seu antecessor, o Homo Erectus, "o macaco" evoluído de quem falamos muitas vezes e que a ciência oficial assimila aos antepassados do Homem. Desde aquela época que o cérebro humano não mudou nem um pouco ! Ninguém consegue explicar esta diferença morfológica, e muito menos os darwinianos, porque é óbvio que este ser dotado de razão apareceu de repente. Precisemos também que se trata de um caso único em toda a história da evolução das espécies do nosso planeta. Porque é que o antepassado do Homem desenvolveu a inteligência tão rapidamente, enquanto que o macaco parece ter passado perto de seis milhões de anos numa pura inércia evolutiva ? Tudo isto é uma verdadeira farsa ! Nós temos as respostas a todas estas perguntas  graças aos textos que eu estudo nas "Crónicas". As diferentes tradições e algumas passagens das tábuas e argila assim que as nossas deficiências arqueológicas testemunham de forma vívida que ser humano não descende do macaco de maneira natural.
O ser humano de tipo Homo é originalmente negro. A sua denominação nas tábuas de argila é SAĞ-ĞI6-GA. Este termo é geralmente traduzido pelos especialistas em : "cabeças negras", porque eles acreditam que os Sumérios (a humanidade ao serviço dos "deuses") tinham os cabelos negros (sic). Em sumério, o monossílabo SAĞ evoca uma "cabeça", mas também : "um servo" ; "um escravo" e "um homem". Em consequência, a escolha do termo "cabeça" é totalmente arbitrária. Seria lógico de traduzir Sağ'ğiga em "os homens (ou escravos) negros"...

"Enlíl fixou o seu olhar nos Sağ'ğiga ("escravos negros") de maneira firme. Os Anunna aproximaram-se dele (Enlíl), levantaram as mãos em saudações, em seguida adularam Enlíl com aclamações e solicitaram-no para obter Sağ'ğiga. Ao povo dos Sağ'ğiga, eles deram uma picareta."
Passagem do poema sumério "Louvor à picareta"

No fim de Ádam Genisiš, eu explico que os "deuses" criaram diferentes "raças" e cores de pele com um objectivo "político". Os "deuses" criadores Gina'abul formavam pelo menos três clãs que são os Kingú reais da constelação do Dragão, o dos Ušumgal-Anunna (Yahvé) da constelação da Ursa Maior e das Pléiades, e o das Amašutum-Enki-Nungal (Elohim). Estes três clãs possuiam a prática da clonagem en série. O "catálogo" humano que forma as classes dos macacos e dos Homos, são o fruto destes três clãs. Os seus trabalhos por vezes sucederam-se, e por outras foram misturados. O objectivo era de formar trabalhadores distintos e reconhecíveis pelas suas origens e as suas diferentes contribuições genéticas. Certos "produtos" foram transformados clandestinamente, como por exemplo os que foram manipulados pelo grupo Amašutum-Enki (Elohim), de maneira a conceder-lhes uma forma de liberdade e assim, bloquear o clã dos "Yahvé".


Você traça um paralelo fascinante entre a noção do Eden sumério e o paraíso dos Gregos, o jardim das Hespérides, graças à decomposição etimológica, com a ajuda do silabário sumério. Percebemos que não se tratam de lugares mitológicos, mas de verdadeiras infra-estruturas colonizadoras. Além disso, a sua história mostra claramente que os Deuses da mitologia grega são apenas avatares, representações ou traços na memória colectiva deste povo dos "Deuses" colonizadores  extraterrestres Gina'abul sumérios. Pode falar-nos um pouco mais sobre isso ?


Anton Parks :
O termo sumério que é utilizado nas tábuas de argila para designar a planície mesopotâmica onde estavam implantadas as culturas Gina'abul, é EDIN ou EDEN. Assim, o termo hebraico (?) Eden é claramente derivado da palavra suméria Edin, que também se pode escrever Eden, e que é geralmente traduzido em : "a planície", "estepe", "espinha dorsal", "pico" (de uma montanha); "o(s) campo(s)" e o "deserto". Da mesma forma, o termo hebraico Gan (jardim), vem sem dúvida também do sumério Gán ("cultura agrícola" ; "campo"). Isto prova uma vez mais que os Hebreus serviram-se dos textos sumérios para criar uma parte do Antigo Testamento. Esta palavra passou para o vocabulário deles, mas perdeu o seu significado original ; o Gán-Edin "o campo do Edin" transformou-se em Gan Eden, "o jardim do Eden", que gostamos de dizer que foi um paraíso, enquanto o Edin sumério (a planície) era um monstro económico onde os trabalhadores trabalhavam com muitas dificuldades o solo. Se o Eden estava longe de ser um paraíso, porque é que as tradições fazem este incrível amálgama entre o campo primordial onde os primeiros humanos-escravos trabalhavam para os "deuses" e um lugar idílico chamado Paraíso ? Na verdade, é no grego antigo que encontramos a resposta. A palavra paraíso é a transcrição do grego Paradeisos que originalmente significava "parque fechado onde se encontram os animais selvagens", termo por fim traduzido em "jardim" no período helenístico.
No entanto, este "paraíso" existiu mesmo e encontrava-se no alto do Tauro, trata-se de Kharsağ, a cidade dos "deuses" e do seu jardim, o de Ninmah. Mas a carga de trabalho deste sítio era ela também muito pesada. Efectivamente, eu dissocio dois "Eden" presentes na história dos "deuses" sumérios. O primeiro é o Edin (a planície mesopotâmica ; os campos) e o segundo é o Eden, o jardim de Ninmah, que é posicionado no início da cordilheira do Tauro (ao sul) junto da cidade de Kharsağ onde estavam hospedados os Ušumgal e uma pequena parte dos Anunna. Esta última definição é consistente com a essência do termo Eden ("a espinha dorsal", "o pico" de uma montanha) visto que o jardim de Ninmah encontrava-se nas montanhas. O científico Gerry Zeitlin e eu, acreditamos ter localizado o Kharsağ Gina'abul e o seu jardim com a ajuda dos elementos que eu tenho em "memória". Passámos muito tempo nesta procura, sobretudo Gerry ! Mesmo se o terreno mudou e que hoje aparenta estar mais baixo, parece corresponder a um lugar que se chama hoje Kara-dag e que não fica muito longe do lago de Van no Tauro, perto de um afluente do rio Tigre.

 

 

a-9

Situação geográfica da antiga cidade de Kharsağ, de acordo com a pesquisa efectuada pelo científico Gerry Zeitlin e por Anton Parks. À esquerda corre um afluente do rio Tigre. Por trás da montanha começa o Eden, o jardim de frutos de Ninmah. Mais em baixo, ao Sul, começa o Edin, a planície mesopotâmica onde a humanidade trabalhava a terra em nome dos Anunnaki.

 

Por trás da montanha, o "jardim" de frutos de Ninmah e da colónia parece estar ainda presente, como congelado pelo tempo...

 

carte_eden

O Eden, o jardim de Ninmah situa-se por trás da montanha Kara-dag (em cima à direita). Aqui, como na planície EDIN (mais em baixo, a Sul), as sacerdotisas Santana (chefes de plantações) e Šandan (arboricultoras, horticultoras) velavam pelos trabalhadores humanos.

 

No que diz respeito à história das Hespérides, trata-se das guardiãs do pomar dos deuses. A versão comum é a de um maravilhoso jardim de macieiras. Contudo, o termo grego Mêlon designa duas coisas diferentes : "um fruto redondo", mais precisamente "uma maçã", e "uma ovelha" ! Só podemos apreciar estas descobertas, porque algumas "Hespérides", ou seja algumas Santana (chefes de plantação) e Šandan (arboricultoras, horticultoras) velavam sobre pelos frutos em Eden (o jardim de Kharsağ) e outras guardavam um rebanho de ovelhas assimiladas aos seres humanos que trabalhavam no campo primordial em Edin (a planície mesopotâmica). Aliás, isto é consistente com a nossa precedente descoberta em que a palavra paraíso é uma transcrição do grego Paradeisos que originalmente significava "parque fechado onde se encontram os animais selvagens". Estes Ádam (animais em sumério) são os trabalhadores do Edin ao serviço dos "deuses". Diodoro Sículo escreveu que o jardim das Hespérides continha um "rebanho de ovelhas". Será assim tão surpreendente que o termo sumério LU queira dizer "homens" e "ovelhas" ?!... Contudo, a tradição manteve a idéia de maçãs em vez de um rebanho de ovelhas. No entanto, a língua dos "deuses" confirma as declarações de Diodiro Sículo. Ao decompormos o terma Hespérides em sumério-acadiano, obtemos EŠ (muito, inúmeros), PE ou PI (cesto), RID ou PISAN2 (recipiente, cesta). Sabendo que as Hespérides são mulheres, EŠ-PE-RID traduz-se em "as inúmerosas com cestas e cestos". Vários textos mesopotâmicos, como o de Aššur, pretendem que picaretas e cestas foram dados aos humanos para que eles cultivassem os campos dos Anunna. A idéia de picaretas e de cestas nas mãos da humanidade, é realmente muito frequente nas tábuas de argila mesopotâmicas. No primeiro volume, realçámos que a raiz da palavra hebraica Yahvé ("Deus"), vem do egípcio Iaw (adoração, oração). Portanto, não ficaremos surpresos de descobrir um estranho e quase homófono egípcio que fortalece a nossa descoberta : Ihw (parque do gado), incrível não é ?
Para terminar, podemos também realçar que Edin em acadiano traduz-se em Sêru, cuja decomposição suméria SÈ-RU quer dizer "(onde) os seres fracos entregam os presentes"... Mas que belo paraíso, realmente !


Falemos mais sobre a etimologia : Você mostra que o termo sumério LÁ-BURU14 "aquele que estabelece as colheitas" corresponde ao termo Dogon que designa Deus, ou seja "laboro". Podemos levar este raciocínio mais longe com o latim e o francês "labourer" (em português "laborar"), palavra que evoca as colheitas e a noção de trabalho que também encontramos no latino, no italiano e no francês em palavras como "Labor" (labor), "Lavorare" (trabalhar), elaborar, laboratório... são todos termos que evocam a noção de tarefa, de trabalho?


Anton Parks :
Sim, e esta é uma excelente demonstração. Ela leva-nos mais para a provável etimologia suméria destes termos, particularmente do "labor" latino (esforço, trabalho), porque nós encontramos duas possibilidades sumérias interessantes que são : LA-BÙR "receber a abundância ou a exuberância" e LA-BUR "a refeição da abundância". Como sabemos que o ser humano tinha por missão de alimentar os "deuses" sumérios com muito esforço, estas duas decomposições sumérias são muito claras.

"Que o trabalho dos deuses se torne no trabalho deles ! (o dos Homens). Para que eternamente, eles difinam os campos e peguem nas mãos as picaretas e cestas, para proveito da casa dos grandes deuses, o Ubšu’ukkinnaku [...] Eles meterão nos seus respectivos lugares os canáis de água para regar e fazer crescer todo o tipo de plantas. [...] Assim, eles vão cultivar os campos dos Anunna, para aumentar a abundância do país. [...] eles multiplicarão para aumentar a abundância do país, vacas, ovelhas, gado, peixes e aves. [...] Aruru (Nammu) digna soberana ditou o amplo programa estabelecido por An, Enlíl, Enki e Ninmah, os grandes deuses, e onde os homens foram criados, Nisaba (deusa da agricultura) foi instalada como soberana."
Passagens do texto cosmológico de Aššur

 

a-10

A humanidade está sob o domínio milenário dos répteis, segundo o Codex mexicano Laud, placa 34.


Ao longo da sua história, podemos ver que os homens que foram criados por Enki perdem gradualmente ao longo dos séculos e dos milénios, o hábito de entrar em contacto com os Deuses, ou seja, Enki, a sua irmã, os Anunna, os Nungal, enfim, os administradores da instalação colonial agrícola e mineira. Os "Deuses" disfarçam-se, usam perucas para que o seu aspecto não assuste os homens que entram em contacto com eles. Parece que só alguns homens responsáveis da autoridade e do clero podiam comunicar com os Deuses que ficavam escondidos atrás de cortinas (segundo Boulay ou Sitchin). Será que encontramos vestígios deste episódio que mostra a perda de contacto entre homens e "Deuses" nos textos sumérios ?

 


Anton Parks :
Sim, por exemplo o mito do dilúvio acadiano faz referência a isso. Trata-se da tábua BM 98977 onde o "deus" Éa (Enki), o mestre do Apsu (Abzu) visita Ut-napishtim (o Noa babilónico) e o avisa que um cataclismo decidido pelo Conselho Superior dos "deuses" cobrirá toda a Terra sem deixar sobreviventes. Segundo o texto, Enlíl teria tentado matar à fome todos os trabalhadores porque eles estavam, a seu ver, a multiplicar-se muito rapidamente...
Para encontrar-se com o homem sem ser visto – e sobretudo porque ele jurou na Assembleia de não avisar os seres humanos – Éa-Enki, o mestre do abismo esconde-se atrás de uma paliçada e começa uma conversa com o Noa acadiano :
"Senhor Éa, ouvi-te entrar. Eu vi alguns que não eram semelhantes aos teus. [...] Durante sete anos, a tua [raça] fez morrer à fome os infelizes ! [...] Ensina-me então qual é o vosso objectivo ?" Éa respondeu falando à parede de juncos : "Paliçada, ó paliçada, parede, escuta..."".

 


Você descreve no seu livro uma "realidade" que se compõe de várias dimensões que se sobrepõem "como numa pirâmide invertida". Nós, humanos, vivemos, distinguimos e respiramos na terceira dimensão. Abaixo da nossa dimensão, existem outras duas dimensões, duas outras "realidades" frequentadas por outras entidades, particularmente os Musgir, uma raça de répteis muito agressiva. As duas dimensões que delimitam a nossa dimensão chamam-se KUR-GAL e KUR-BALA. Existem também dimensões intermediárias (KUR-GI-A e KUR-NU-GI) nas quais encontramos entidades "espirituais" particulares que poderiamos comparar a um inferno para almas perdidas. Podemos encontrar nos textos e na cultura suméria vestígios destes conceitos, desta descrição da realidade ? Ou estas designações relativas ás três dimensões do Kigal são exclusivamente informações que você colectou, memorizou e depois interpretou ?


Anton Parks :
O termo KUR é muito frequente nas tábuas sumérias. Os especialistas das tábuas dão ao KUR vários atributos como : "mundo inferior", "o inferno", "país", "país montanhoso", "montanha" ou ainda "país estrangeiro". Para os especialistas do Antigo Oriente, a definição do KUR sumério parece complexa e difícil de identificar simplesmente porque eles não conseguem conceber um mundo formado de dimensões aninhadas umas às outras. O Kur tinha dois significados distintos para os Sumérios. Primeiro, era a montanha onde os "deuses" moravam. Um sítio inacessível aos mortais, universal e revigorante, sem dúvida em relação com a residência primordial (Kharsağ) dos Gina'abul-Anunna situada nas montanhas do Tauro. O segundo significado deste termo é o mundo do além, o país dos mortos, geralmente situado sob a crosta terrestre entre as águas primordiais do Abzu e o mundo habitado de cima. Sabemos então que não se trata da Terra oca, o Abzu, mas que é do domínio subtil das dimensões ou frequências inferiores ligadas aos subterrâneos onde alguns Gina'abul estabeleceram a sua residência. Esta área, inacessível ao homem comum, simbolizava geralmente o reino dos mortos para os Sumérios.
Françoise Bruschweiler, que eu cito no meu segundo livro, compôs um magnífico estudo sobre o Kur no seu livro sobre a deusa Inanna. Aqui estão alguns pontos essenciais que emergem da sua análise : "O Kur designa a totalidade do universo existente, no qual se desenvolveu o mundo terrestre, a última etapa do processo de materialização desencadeada durante o primeiro estado de desenvolvimento cosmológico. A bipolaridade do Kur está ligada ao ciclo universal da vida e da morte... O Kur é por definição invisível, e contém tudo o que está fora da realidade visível : as diferentes gerações de deuses que formam o panteão, tudo o que existe mas que ainda não apareceu no mundo material e tudo o que, tendo completado a sua existência terrestre, foi absorvido pela morte ou pela destrução... No Kur, situam-se também os deuses menores, intermediários entre a humanidade e as divindades das categorias superiores. Podemos acrescentar a tudo isso, temporariamente, os demónios e espíritos malignos que erram nos confins do universo material. Todos assombram estas derradeiras projecções dos Kur de vida e da morte que, bem que ainda invisíveis a olho nu (humano), estão no entanto tão próximas da realidade terrestre, que uma certa dose de coragem heróica parece ser suficiente para forçar a entrada".

 

 

kigal

 

Para ser exacto, temos de precisar que a dimensão KUR é dividida em duas partes que são : o KUR-BALA (a primeira dimensão : a mais baixa) que os especialistas das tábuas traduzem muitas vezes em "além", mas cujo significado exacto é "o KUR do reino ou da dinastia" e o KUR-GAL (segunda dimensão), ou seja, "o grande KUR", mundo paralelo onde os Kingú (os que não estão nas cavernas) estabeleceram a sua residência, o núcleo duro e líder dos Kingú que se encontra em KUR-BALA. O mestre do KUR-BALA é literalmente "o olho que tudo vê, no topo da pirâmide... invertida", porque ele possui um olhar directo sobre o KUR-GAL e o KI ! É por isso que nas tábuas de argila, o KUR (ou KUR-BALA) é muitas vezes traduzido em "mundo inimigo", lugar onde o caos parece reinar eternamente. As três primeiras dimensões formam uma espécie de pirâmide invertida onde a dimensão KI simboliza a base e a dimensão KUR-BALA forma o topo da pirâmide. Deste lugar, toda a gente tem um olhar aumentado (como uma lupa) sobre as dimensões superiores.
A ideologia Gina'abul e suméria não inclui o inferno da mesma maneira que os ocidentais. No vocabulário Gina'abul, o nível inferior formado das dimensões KUR e KI é chamado KIGAL "o grande mundo". Este lugar está em oposto aos outros níveis dimensionais superiores onde residem os Kadištu e que é chamado ANGAL "o grande céu".

A figura mais acima representa os vários níveis que constituem o KIGAL, com as suas dimensões medianas. Os Sumérios viam no KUR-GI-A e no KUR-NU-GI duas representações do inferno, ao contrário do KUR-BALA que era mais associado ao além. No entanto, uma tradução rigorosa do termo KUR-GI-A (KUR da fonte quinta) revela-nos que se trata de uma dimensão de transição onde as almas ficam algum tempo antes de reintegrar a Fonte ou o ANGAL (o grande céu). Quanto à decomposição de KUR-NU-GI, ela revela-nos sem nenhuma dúvida que este é um nível de frequência onde as almas perderam-se. É o lugar onde se encontram as entidades bloqueadas e que hoje assimilamos aos fantasmas.


Será que existe na forma de uma outra pirâmide, três dimensões "superiores" ao KI e portanto adjacentes ao KIGAL ? Haveria assim duas pirâmides, que se se interpenetrarem poderiam formar o desenho de uma Merkaba, ou estrela tetraédrica (simbolismo de uma forma perfeita que pode ser usada para viajar de uma dimensão a outra), assim que 7 dimensões, 7 "céus" (que podemos ligar à expressão "sétimo céu"), os 7 castiçais de uma menorah judaica.

Anton Parks : É uma idéia muito interessante, no entanto, não penso que existam apenas 3 ou 4 dimensões no ANGAL (dimensões superiores), mas muito mais. Não tenho nenhuma prova, é apenas um sentimento profundo que não pode ser explicado.


As tábuas sumérias referem-se a um estranho mundo "de baixo", um universo subterrâneo chamado "Abzu". Em Ádam Genisiš, você descreve de maneira muito detalhada o mundo subterrâneo da Terra, sob a forma de continentes que revestem a superfície interna e côncava da Terra. Podemos aceder a estes continentes através de entradas situadas nos pólos. Este mundo é iluminado por um sol interno que funciona como um coração para a Terra. Há também, como para o mundo da superfície, importantes áreas de oceanos, lagos e rios. Por outro lado, existe uma longa tradição de histórias aborígenes da América do Sul, do Norte, da Ásia ou da África que também evocam mundos subterrâneos, de onde esses povos seriam originários. Mas estes mitos e histórias não falam de continentes e da Terra oca, mas de enormes cavernas e de uma enorme rede de galerias qui ligariam países e continentes entre eles, entre outros, a América à África e à Europa através de um continente desaparecido num grande dilúvio. Podemos considerar que as histórias que falam por um lado da Terra oca e por outro dos mundos subterrâneos, das cavernas e das galerias se completam e descrevem dois universos diferentes ?


Anton Parks :
Sim, são realmente dois universos diferentes. Realizei uma entrevista sobre este assunto em 2006 para a revista francesa "Top Secret" (em português aqui : http://cronicasdogirku.canalblog.com/archives/2013/08/28/27910665.html), e também temos um grande dossier que trata este assunto no meu site internet.
O mundo subterrâneo terrestre estava, na época, nas mãos das planificadoras Gina'abul Ama'argi e também nas de Sa'am-Enki. O mundo das cavernas pertencia mais a outros Gina'abul, por exemplo, os reais Kingú e mais tarde aos Anunna.  Os tunéis ligavam geralmente estes diferentes mundos entre eles, mesmo se o Abzu (a Terra oca) era um lugar bem guardado onde os Kingú e os Anunna não tinham o direito de viver. Utilizo o passado para lhe responder porque de momento não tenho qualquer informação sobre a repartição destes mundos nos tempos actuais. As "Crónicas" (o que eu recebi) terminam-se na alvorada do cristianismo.


As histórias de várias etnias da Ásia, ou da América do Sul e do Norte, descrevem os residentes das cavernas da mesma maneira, o que é bastante impressionante : seriam homens de pigmentação branca, com cabelos loiros ou ruivos, que têm (ao ver destas etnias) uma tecnologia muito avançada. Os Indianos da América do Norte chamam-lhes "os habitantes do mundo sobrenatural". Segundo a sua própria percepção, quem eram os habitantes dos mundos subterrâneos, e também da Terra oca ? Têm eles alguma coisa a ver com os anjos caídos ? O que é feito deles hoje ?


Anton Parks :
O que é feito deles hoje ? Não faço idéia, pelas razões que evoquei mais acima. Mas a origem deles é clara no meu espírito. Poderia tratar-se de Imdugud, mas dúvido, porque eles são muito solitários e evitam todo tipo de contacto. Os Imdugud são o resultado de uma hibridação entre os reais Gina'abul chamados Kingú-Babbar (reais albinos) e os planificadores felinos Urmah. Podemos encontrá-los na literatura acadiana sob o nome de Anzu. Os Imdugud (literalmente "sangue nobre") são simbolizados na Mesopotâmia por uma águia com cabeça de leão. A águia é o atributo dos Kingú e o leão é o emblema dos Urmah. Esta associação demonstra claramente o parentesco dos Imdugud. Eles são uma espécie de sentinelas de Ti-ama-te (o sistema solar), e foram inicialmente programados para desempenharem um papel de conciliadores entre os Gina'abul reais e os Kadištu (planificadores). Mas eles sempre estiveram afastados dos trabalhos dos planificadores. Os Imdugud são muito solitários, o papel deles evoluiu gradualmente ao longo do tempo e eles adquiriram uma independência entre os dois grupos e a possibilidade de negociarem com eles, segundo a sua própria conveniência. Falei várias vezes com o científico Gerry Zeitlin sobre os Imdugud. Poderá tratar-se da mesma raça extraterrestre que Gerry estudou e que é chamada de "Tall Whites" ("grandes brancos"), ver o site de Gerry Zeitlin para mais informação sobre esta raça.
Os que você menciona mais acima, são na minha opinião, os Nungal de Enki, ou seja os Bené-Elohim (os filhos dos Elohim), os anjos veladores (e caídos) da Bíblia, aqueles que discordam profundamente com anjos de Yahvé (os Anunna)... Os reptilianos Nungal possuem também genes Kingú-Babbar (os reais Gina'abul de pele branca), o que lhes deu uma pela branca como os seus ascendentes genéticos reais albinos. Os Nungal são chamados Igigi em acadiano. Alguns autores traduzem este termo em "veladores", mas uma tradução rigorosa do termo Í-GÌ-GÌ em suméro dá : "os 300 enquadrados ou rodeados" ou ainda "os 300 rejeitados". A partícula suméria GÌ (ou GI4) expressa também o facto de fazer meias-voltas (inversões de marcha), o que leva a pensar que estes 300 possuem o papel de velar sobre o planeta Terra. Eu explico em Ádam Genisiš que apenas 300 Nungal de Enki resistiram à guerra que os Anunna planearam e que os levou a lutar contra os planificadores, à imagem dos Anunnaki (que eram 600) que se estabeleceram na Terra. As definições expressas mais acima fazem todo o sentido quando sabemos qual foi o papel que o grupo Ušumgal-Anunna atribuiu a estes Nungal antes de eles serem livres : o autocrata Enlíl, o grande Šàtam, administrador territorial de Edin (planície mesopotâmica) sujeitou-os a escavar o Tigre e o Eufrates para que estes dois rios cheguem às cidades soberanas dos Anunnaki.

 

a-11

Imagem realizada por Gerry Zeitlin. Esta vista dá uma idéia do clima da Terra na época da chegada dos guerreiros Anunna, há mais de 300 000 anos atrás. Uma camada nebulosa cobria o céu de todo o planeta, criando uma atmosfera ligeiramente opaca e escurecida. © Gerry Zeitlin 2007

 

 

O termo hebraico utilizado para designar estes veladores é "Ir". Mas, se você seguiu com atenção as minhas pesquisas e notas desde o meu primeiro livro, não se surpreenderá de notar que esta partícula encontra-se em sumério sob as formas ÍR ("lamentações"); ÌR ("escravo", "servo") e IR10 ("guiar", "trazer"). Uma vez mais, encontramos definições que contêm perfeitamente os atributos dos Nungal de Enki. Os Nungal (Igigi) são efectivamente descritos como servos que lamentam o seu destino quando são empregados para trabalhar para os Anunnaki. De facto, eles são, mais tarde, considerados como anjos rebeldes que guiam a humanidade, quando eles introduzem à humanidade a utilização de objectos "civilizados" para que esta possa sobreviver e proteger-se contra os "deuses maus"... Encontramos vestígios dos seus "delitos" no "Livro de Enoch", por exemplo.
Como foi expresso no fim do livro (e também o será no terceiro volumo), os Nungal de Sa'am-Enki não serão todos solidários entre eles. Alguns viverão nos picos do segundo Kharsağ, ainda no Tauro, e outros em cavernas ou ainda no Abzu e no núcleo duro junto da irmã "gémea" de Enki, Ereškigal, no coração do Gigal, a base gigante sob o planalto de Gizé. Realizei um dossier importante sobre este assunto que se encontra no livro Ádam Genisiš, chamado "Enki no País dos Mortos". Este dossier demonstra com muitos detalhes inéditios que Enki é Osiris e que Eriškigal é Ísis !
Como pode ver, existem muitos mundos subterrâneos diferentes, e eu percebo que ás vezes seja fácil de se perder...


Precisamente, o planalto de Gizé tem um papel importante no seu livro : antes de ser o que os arqueólogos descrevem essencialmente como um sítio funerário, era a sede de uma base, de uma enorme colónia de uma raça extraterrestre, os Urmah, bem como o local onde dois rios fluem, do qual um deles é o duplo subterrâneo do outro. Pode dizer-nos mais a este respeito ? A esfinge e as pirâmides datam de esta época longínqua ou são monumentos mais "tardios" ? Na sua opinião, quais foram as funções destas incríveis construções cujos mistérios, ainda não fomos capazes de desvendar ?


Anton Parks :
Encontramos um vestígio tímido dos Urmah no imaginário mesopotâmico sob a forma de Urmahlûlû que são espíritos protectores ou "homens-leão". Os Urmah (literalmente "grandes guerreiros" em sumério) são seres felinos que fazem parte dos Kadištu (planificadores). Trata-se do exército oficial dos planificadores. Os Urmah participaram na guerra contra os Anunna. Eles possuiam uma enorme base sob o planalto de Gizé, subterrâneos que os nativos do planalto chamam de Gigal. Este termo é completamente desconhecido, não é egípcio, mas se tivermos a idéia de o decompor em sumério, GI7-GAL e GI6-GAL dão respectivamente "o grande e nobre" e "o grande e escuro". O Gigal é uma fortaleza e os seus muros eram muralhas inatacáveis. A grande maioria dos chefes de aldeias, ou seja os iniciados, que residem no planalto de Gizé estão bem cientes que o local está cheio de galerias que formam uma rede subterrânea absolutamente gigantesca ! Aliás, eles conhecem a localização de alguns tunéis, mesmo debaixo do nariz das autoridades e do Conselho Superior das Antiguidades Egípcias que, tenho a certeza, investigam o local há décadas.
A origem do termo Gigal vem provavelmento do termo sumério Kigal que designa "a grande terra" ou "o grande local" que eu assimilei ao conjunto das dimensões terrestres desde o primeiro livro. No Egipto, o significado do Kigal suméro é desviado e especifica apenas o centro estratégico que se encontra debaixo do planalto de Gizé e que dá acesso à rede subterrânea que os textos antigos chamam de Duat. A assimilação d Gigal egípcio ao Kigal sumério é ainda mais evidente quando sabemos que o equivalente acadiano de Kigal é Kigallu, cujos significados são : "base ; terra inculta ; cave ; mundo infernal". Os Sumérios e os Acadianos temiam esta terra estrangeira ao ponto de a assimilar à noção que eles tinham do Kur inferior. O reino dos mortos do "país estrangeiro" chamado Kemet (O Egipto) – decomposto em sumério-acadiano em KE-EM-ET ("a terra do presságio da tempestade") – é o domínio noturno onde enterravam os mortos, onde os mortos recebiam um culto funerário totalmente desconhecido e temido em Kalam (Sumer). O santuário antediluviano dos Urmah localizado debaixo das pirâmides de Gizé foi reutilizado pelos "deuses egípcios" como base subterrânea e mais tarde usado para realizar os ritos funerários dos antigos faraós com objectivo de restaurar o corpo e a alma dos soberanos do Egipto, sucessores de Osíris e de Horus. Quanto à grande pirâmide, eu explico no meu segundo livro que ela teve apenas um objectivo : o de transcender a alma de Osíris, de modo a que ela regresse no corpo do seu póstumo filho Hórus (Heru). Foi no coração da Grande pirâmide que Ísis deu à luz Hórus, a personificação da Estrela da Manhã. O rito do funeral do falecido rei efectuava-se obrigatoriamente por uma viagem pelo Nilo, desde o Sul até ao Norte. Na antiguidade, o percurso começava na antiga necrópole dos reis que era Khentamentiu, a antiga Abydos, localidade intimamente ligada a Osíris. A viagem pelo rio sagrado efectuava-se muitas vezes a remo na ida, seguindo a corrente do lado ocidental do Nilo. O ocidente simbolizava a morte porte é nessa direcção que se encontrava a A'amenpteh destruída (a Atlântida). O sarcófago era acompanhado por sacerdotes e sacerdotisas, e também de chorosas cuja missão era de reproduzir as lamentações de Ísis e Nephtys. O ponto alto da procissão situava-se entre Memphis e Gizé.
Nos tempos antigos, a metade da viagem do rei defunto efectuava-se sobre o Urenes, o Nilo subterrâneo. Os sacerdotes iniciados conheciam bem o acesso. Depois de uma lenta viagem pelo Nilo secreto, o corpo era transportado até aos tunéis de Restau (ou Ro-setau), sob o planalto de Gizé. O corpo do faraó era depois depositado na Grande pirâmide, no sarcófago da "Câmara do Rei" para se submeter a um ritual de ressurreição semelhante ao que Osíris tinha recebido no mesmo lugar.

 

 

a-13

Na Grande Pirâmide efectuava-se o ritual da elevação da alma dos primeiros faraós. Este ritual tinha como objectivo inicial de transcender a alma do falecido rei para que ela pudesse refazer a viagem estelar de Hórus como Neb-Heru e Neb-Benu. O falecido rei devia encontrar o corpo de Osíris no céu, passando por níveis de transformação em sol nocturno e em sol diurno. Com o passar do tempo, a função inicial da grande Mer (pirâmide) foi abandonada e ela começou a ser utilizada como plataforma iniciática para transcender certos iniciados...

 

 

A viagem do falecido rei seguia uma rota específica, extremamente coordenada. O caminho a seguir para encontrar o corpo de Osíris no céu estava manifestamente em relação com as quatro condutas da Grande Pirâmide, ligadas à "câmara do rei" (câmara de Osíris) e à "da rainha" (câmara onde Ísis deu à luz Heru). Estas condutas parecem apontar para algumas estrelas :

"Que ele possa traversar o firmamento ! Que ele possa percorer os Céus ! Que ele possa viajar em paz nos bons caminhos nos quais viajam os bem-aventurados ! [...] Dispõe Sah (Orion) e Meshtiu (Ursa Maior) como estrelas do país ! Afasta-as do grande lado direito até à escadaria do tanque do papiro, no sítio da navegação para o Sul, no lago das recompensas e no rio das ofertas, no sítio onde se encontra Osíris ! [...] Foi o já mencionado Osíris N, eficaz e justificado, que abordou com ele no sítio onde se encontra Osíris [...]".
Texto dos sarcófagos, 399 (G1T)

Este texto fala de Orion e da Ursa Maior. É interessante porque de acordo com os cálculos de Robert Bauval e de Adrian Gilbert ("Le Mystère d'Orion" – O Mistério de Orion), a conduta sul da câmara do rei (B no nosso esquema 42), dirige-se para a estrela Zeta de Orion. Da mesma forma, a conduta norte da câmara da rainha (C), apontaria para Beta da Ursa Menor, mas se alongarmos esta mesma linha, encontramos a estrela Dubhe da Ursa Maior (Anduruna)... Os cálculos de Bauval também indicam que a conduta sul da câmara da rainha (A) aponta para Sirius, e a conduta norte da câmara do rei (D) aponta para Alpha do Dragão.
O antigo ritual funerário egípcio aplicado aos primeiros reis defuntos (que vieram depois de Osíris), transformaram-se com o passar do tempo em ritos iniciáticos e mágicos que tinham como objectivo de transcender a alma dos altos dignatários (iniciados). Estes últimos faziam muitas vezes parte do clero e acediam ao conhecimento supremo depois de terem passado por uma morte iniciática no coração da Grande Pirâmide, mais precisamente no sarcófago de Osíris que está na câmara do rei.
Como podemos ver, os antigos Egípcios obstinavam-se em reunir o ontem e o hoje. É preciso colocarmo-nos no contexto daquela época e dos acontecimentos que precipitaram os antigos "deuses" egípcios, dirigidos por Enki-Osíris, numa derrota humilhante contra os seus inimigos ("divindades" que representavam o "mal") dirigidos por Šeteš (Seth), ou seja Enlíl. O terceiro volume das "Crónicas" explicará toda esta guerra que Neb-Heru (o senhor Hórus) teve de continuar em nome do povo "da Luz", os antepassados dos Egípcios...
Haverá outros volumes das "Crónicas do Ğírkù". O quarto volume vai narrar as aventuras de Heru (Hórus) durante a alvorada do cristianismo. O quinto e último, falará provavelmente do tempo presente...

 

Karmaone

© Karmapolis – Maio 2007
© Novembro 2007 Anton Parks para as decomposições, traduções e interpretações sumério-acadianas.

http://www.karmapolis.be/pipeline/anton_parks2.htm

http://www.antonparks.com/

Tradução francês/português - Ataegina, 2013


 

 

Publicité
Commentaires
M
super interessante, muito bom mesmo! <br /> <br /> obrigado
Publicité